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terça-feira, 8 de maio de 2012

Bastante Atrasado - Frejat - Busto de Tamandaré - 28 de Janeiro de 2012

Bem atrasado, mas ainda a tempo de se atualizar...
Dia 28 de Janeiro se encerrou o projeto Estação do Som em João Pessoa com o show do carioca Frejat, chamado de "A tal da Felicidade". E esse realmente foi o clima de praticamente todo o show, com um repertório que saiu muito do roteiro "Barão Vermelho" e foi a Caetano, com "Você não entende nada", passou por Cazuza, com "Por que a gente é assim", um medley muito suigado - e segundo o próprio Frejat, do tempo em que havia realmente a Black Music brasileira - com "Não vou ficar, Réu Confesso e Você, todas da Vitória Régia e do saudoso Tim Maia. Indo além foi também no Pessoense Herbert Vianna, cantando "Caleidoscópio". Assim, nessa primeira parte do show, ele acabou surpreendendo os que, talvez como quem vai a um show sem saber exatamente o que vai ser tocado, não esperavam muita coisa do ex-guitarrista do Barão. Na segunda parte do show, Frejat entra nas suas composições pós Barão (e a partir de 2001, com "Desejos") e vai variando com as mais consagradas e conhecidas do público. Das óbvias aparecem "Malandragem", "Amor pra Recomeçar", "Por Você", "Bete Balanço" e "Puro Êxtase". No meio dessas, entrecorta com "Ainda é Cedo" do Renato Russo (uma das minhas preferidas) e, no Bis, faz a linda ‘Pra Recomeçar’ e "Segredos" (quem não viu o clipe, é lindo, vale a pena, foi inclusive vencedor do VMB - Melhor clipe POP 2002 e do prêmio Multishow 2003), e na última música, uma surpresa, com Bruno Gouveia subindo ao palco e, com sua atuação performática, já bem conhecida e adorada pelo público pessoense, dividiu com Frejat o hit "Exagerado", levando o público ao delírio. Pena que ele mesmo (Bruno) que tinha show marcado para a praia de Intermares logo após o show de Frejat, amargou o cancelamento da festa - acho que por falta de público mesmo.
Apesar das reclamações da imprensa local depois do show, alegando que Frejat não falou com ninguém antes de entrar no palco, o show foi magistral. Na minha opinião, melhor que o de Lulu Santos, que fez, esse sim, um show burocrático e sem a menor empatia do público (que já tinha um lance de mal-estar com ele). Frejat se comunicou o tempo inteiro com a platéia, elogiou o show anterior de "Zé Viola", e disse, no final que "vou ficar velhinho e não vou esquecer esse show aqui". Foi realmente muito simpático e empolgou a platéia, que saiu maravilhada com o que viu. Não era o Barão, é verdade. Nunca seria sem Cazuza, mas aparentemente, depois de um amadurecimento muito intenso do pondo de vista musical, Frejat se tornou um compositor virtuoso, de letras ricas e que também não deixa de revisitar velhos ritmos dos quais parece gostar muito, como é exemplo da Black Music brasileira. Encerrou assim, com chave de outro, o Festival de Música em João Pessoa.

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